Café arábica vai realmente acabar?
O café arábica, responsável por cerca de 60% do consumo mundial, é a variedade preferida de quem busca sabor, aroma e suavidade na xícara. Mas, nos últimos anos, surgiram muitos alertas sobre o risco de extinção do café arábica devido às mudanças climáticas, pragas e outros desafios ambientais. Afinal, será que o café arábica vai realmente acabar? Ou ainda há esperança para os amantes do bom café? Vamos desvendar essa questão com base em dados, pesquisas e tendências do mercado.
Café arábica: por que está ameaçado?
A ameaça ao café arábica é real e tem sido motivo de preocupação entre produtores, cientistas e consumidores. O principal motivo é a sensibilidade dessa espécie às variações climáticas. O arábica prospera em temperaturas entre 18°C e 21°C, exigindo chuvas regulares e altitudes elevadas. Mudanças no clima, como aumento de temperatura, secas prolongadas e chuvas irregulares, afetam diretamente a produtividade e a qualidade dos grãos.
Além disso, o desmatamento, a propagação de pragas e doenças — como a broca-do-café e a ferrugem — e a redução de áreas propícias ao cultivo agravam ainda mais o cenário. Estudos apontam que até 2050, metade das áreas atualmente adequadas para o cultivo de arábica poderá se tornar imprópria, especialmente no Brasil, maior produtor global da espécie

O que dizem as pesquisas sobre o futuro do arábica?
Diversos estudos internacionais e nacionais confirmam que o café arábica está classificado como ameaçado de extinção na natureza, principalmente devido às mudanças climáticas. Segundo a Royal Botanic Gardens de Kew, no Reino Unido, 60% das espécies de café do mundo correm risco de extinção, incluindo o arábica. O cenário é considerado “preocupante” para a produção global a longo prazo.
Projeções da Unesp e de institutos federais brasileiros indicam que o Brasil pode perder mais de 50% das áreas propícias para o cultivo de arábica até 2080, mesmo em cenários menos extremos8. A modelagem climática prevê aumento de dias com temperaturas acima de 34°C durante a floração do cafeeiro, além de redução de chuvas, o que compromete o desenvolvimento das plantas e a recuperação entre eventos extremos.

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O café arábica vai acabar de vez?
Apesar do cenário preocupante, afirmar que o café arábica vai acabar completamente seria precipitado. O que está em risco, de fato, é a produção em larga escala e a oferta abundante como conhecemos hoje. A tendência é que o arábica se torne cada vez mais raro, caro e restrito a regiões específicas com condições climáticas favoráveis, como áreas de maior altitude ou com manejo especial.
O mercado já sente os efeitos: a produção de arábica no Brasil deve cair 13% na safra de 2025/2026, mas pode se recuperar caso não ocorram novos eventos climáticos extremos. O preço do grão, que subiu fortemente nos últimos anos, pode cair se houver safra abundante, mas a volatilidade tende a aumentar com as incertezas do clima. Em paralelo, o café robusta (conilon), mais resistente, ganha espaço e pode se tornar protagonista em blends e cafés de consumo diário.

O que está sendo feito para salvar o arábica?
Diante do desafio, produtores, pesquisadores e empresas investem em várias estratégias para garantir o futuro do café arábica:
- Mudança de áreas de cultivo: Plantios estão sendo levados para altitudes mais elevadas, onde as temperaturas são mais amenas.
- Tecnologia e manejo: Uso de irrigação, sombreamento, agroflorestas e técnicas de manejo sustentável para reduzir o impacto do clima extremo.
- Melhoramento genético: Pesquisas buscam desenvolver variedades de arábica mais resistentes a doenças, pragas e altas temperaturas.
- Processamento inovador: Novos métodos, como fermentação induzida, ajudam a preservar qualidade e aromas mesmo em condições adversas.
- Diversificação: Expansão do cultivo de robusta e outras espécies mais adaptáveis, garantindo abastecimento mesmo com a redução do arábica
“O café é uma cultura resiliente, mas precisa de inovação e adaptação para continuar encantando o mundo com seu sabor único.” — Frase inspirada em produtores e pesquisadores do setor cafeeiro.
FAQ – Perguntas Frequentes sobre o fim do café arábica
1. O café arábica vai realmente acabar?
Não deve desaparecer totalmente, mas pode se tornar mais raro e caro devido às mudanças climáticas e à redução das áreas de cultivo.
2. Quais os maiores riscos para o arábica?
Mudanças climáticas, desmatamento, pragas, doenças e falta de adaptação tecnológica.
3. O que pode ser feito para evitar a extinção do arábica?
Investir em manejo sustentável, pesquisa genética, adaptação do cultivo e diversificação de espécies.
4. O robusta pode substituir o arábica?
O robusta é mais resistente e pode ganhar espaço, mas possui perfil sensorial diferente. Muitos blends já usam as duas espécies.
5. O preço do café arábica vai subir?
A tendência é de aumento no longo prazo, mas oscilações podem ocorrer conforme a safra e o clima.
6. O Brasil continuará sendo líder na produção de arábica?
Apesar dos desafios, o Brasil ainda é o maior produtor, mas a área cultivável pode diminuir significativamente.
7. Posso ajudar a preservar o café arábica?
Sim! Prefira cafés de origem sustentável, apoie produtores que investem em tecnologia e manejo responsável.
8. O café arábica é o único ameaçado?
Não. Outras espécies de café também enfrentam riscos, mas o arábica é o mais sensível e consumido.
9. O que muda para o consumidor?
Maior valorização do café especial, possíveis aumentos de preço e mais blends com robusta.
10. O café arábica pode se adaptar ao clima?
Com inovação e manejo adequado, é possível prolongar a produção, mas o desafio é grande
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